Impacto da pandemia nas relações familiares em idosos institucionalizados

Abstract

A pandemia COVID-19 teve impacto na população a nível mundial, alterando a vida dos indivíduos a nível individual, relacional e social. As medidas de restrição, embora necessárias, afetaram a saúde mental dos indivíduos, principalmente na população idosa devido ao potencial risco de infeção e ao isolamento social. O isolamento imposto aos idosos que vivem em lares, por causa da pandemia de covid-19, agravou a saúde mental, trouxe mais solidão, depressão, tristeza, e alguns casos de desespero, que a vacinação tem vindo a contrariar. Em Portugal existem cerca de 3.500 lares, entre lucrativos, setor social e não legalizados, onde vivem aproximadamente 80 mil idosos, uma população "bastante frágil" que foi particularmente afetada pelos efeitos da covid-19, privada de liberdade e de contactos com a família. A vacinação veio trazer um certo alívio no que toca às medidas preventivas apresentadas pelo Governo no combate ao vírus de acordo com o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), que representa cerca de 900 lares em Portugal. O presente trabalho de investigação teve como principal objetivo compreender quais os impactos da pandemia nas relações familiares dos idosos institucionalizados. Com base na pesquisa bibliográfica efetuada, abordaram-se conceitos, tais como: a Solidão, a Depressão, a Ansiedade, as Relações Familiares do Idoso Institucionalizado e o Impacto da COVID-19 nos Idosos Institucionalizados. Esta investigação baseou-se numa metodologia mista qualitativa e quantitativa. Contou com a colaboração dos utentes da Comissão de Melhoramentos do Concelho de Sousel. Os principais resultados do nosso estudo apontam no sentido de a pandemia ter causado uma ausência da presença ativa da família e a inibição de liberdade foram as dimensões mais afetadas durante todo o período pandémico. No que diz respeito à proposta do Projeto de Intervenção, esta tem como principal objetivo promoção e fomentação do envelhecimento ativo e positivo de forma a evitar ou atenuar os níveis de ansiedade, depressão e solidão, promovendo ainda a mobilidade, a manutenção da cognição e os momentos de lazer entre os utentes.