Determinantes do investimento direto estrangeiro: Uma comparação entre os PALOP e os Países do Sul da Europa

Abstract

O Investimento Direto Estrangeiro, expandiu bastante nas últimas décadas, assumindo um papel importante na economia mundial. Os defensores do IDE argumentam que os seus efeitos são positivos, criando diferenciais de desenvolvimento entre países através do crescimento económico e do aumento da produtividade, criação de postos de trabalho, transferência de tecnologia e know-how. Especialmente para os países em desenvolvimento, que compreendem a importância do IDE e criam ambientes favoráveis ao seu acolhimento e desenvolvimento. No presente estudo procedeu-se a uma revisão teórica e empírica sobre os determinantes do IDE, com objetivo de identificar os determinantes do IDE, numa comparação entre os PALOP e os países do Sul da Europa, no período entre 1996 e 2020. Foram considerados os países de Angola; Cabo-Verde; Guiné-Bissau e Moçambique (no grupo dos PALOP); e Espanha; Itália; Grécia e Portugal (no grupo dos países do Sul da Europa). Em termos de resultados, as variáveis que se apresentaram estatisticamente significativas enquanto determinantes do IDE, são para os países do Sul da Europa, as seguintes: Controlo da Corrupção, Inflação, Grau de Abertura Comercial e a População. Para os PALOP, as variáveis com significância estatística foram: Controlo da Corrupção, Grau de Abertura Comercial, Crescimento do PIB, Taxa de Desemprego e a População. Verificou-se que em ambos os conjuntos de países, as variáveis com maior poder explicativo e significância estatística foram o Controlo da Corrupção e o Grau de Abertura Comercial. Conforme esperado, países que tenham um maior grau de abertura ao exterior e melhor controlo da corrupção, beneficiam de maior IDE em percentagem do PIB.