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http://hdl.handle.net/20.500.12207/6159
wcag
Title: Ganhos em saúde resultantes das intervenções de enfermagem na higiene oral na prevenção de pneumonias nosocomiais na pessoa idosa
Authors: Vicente, Maria
Ferreira, Rogério Ferrinho
Goes, Margarida
Vieira, João Vítor
Mestre, Teresa
Oliveira, Henrique
Keywords: Intervenções de enfermagem
Higiene oral
Pneumonias nosocomiais
Pessoa idosa
Issue Date: Jan-2022
Publisher: Lisbon International Press
Citation: Vicente, M., Ferreira, R., Goes, M., Vieira, J., Mestre, T. & Oliveira, H. (2021). Ganhos em saúde resultantes das intervenções de enfermagem na higiene oral na prevenção de pneumonias nosocomiais na pessoa idosa. In M. Faria, J. Ramalho & A. Nunes (Coords.), Desafios e Oportunidades do Envelhecimento (pp. 235-248). Lisbon International Press.
Abstract: A população idosa residente em Portugal poderá passar entre 2015 e 2080, de 2,1 para 2,8 milhões de pessoas e o índice de envelhecimento poderá duplicar, passando de 147 para 317 idosos por cada 100 jovens (INE, 2017). Segundo a PORDATA (2020), o índice de envelhecimento em 2019 já foi de 161,6%. Esse evento está associado sobretudo a um aumento da esperança média de vida, onde os óbitos ocorrem cada vez mais em idades avançadas (INE, 2017). Apesar do envelhecimento da população portuguesa e o aumento da esperança média de vida representarem um indicativo de que existem melhorias na mortalidade nas idades adultas e avançadas (INE, 2017), o envelhecimento biológico do indivíduo implica alterações graduais nas capacidades de adaptação do organismo humano. Daí, decorre um aumento progressivo da probabilidade de a pessoa adquirir doenças agudas e crónicas e do risco de incapacidade, com repercussões na qualidade de vida da pessoa. Devido a essas alterações e ao aparecimento de doenças, os idosos representam a população que mais consome os serviços de saúde. Em 2012, de todos os internamentos que não eram relacionados com partos ou recém-nascidos, 49% dos utentes tinham mais que 65 anos (Oliveira, 2015). Isso constitui um problema, pois quando estão internados, os idosos são utentes especialmente suscetíveis a adquirir infeções nosocomiais. A pneumonia nosocomial não associada ao ventilador é a segunda mais frequente nesta faixa etária, após a infeção urinária nosocomial, mas é a que apresenta a maior mortalidade. Entre todos os internamentos de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, 8% a 10% resulta numa pneumonia nosocomial não associada ao ventilador. Esta é responsável por 50% das sépsis nos idosos e apresenta uma taxa de mortalidade de 33% nessa faixa etária (Avers & Wong, 2019). A pneumonia ocorre habitualmente quando existe um comprometimento dos mecanismos de defesa do sistema respiratório. A diminuição da imunidade humoral (principal resposta imunológica protetora contra bactérias extracelulares, bloqueando a infeção, eliminando microrganismos e neutralizando as suas toxinas); a diminuição da imunidade celular (que promove a destruição dos microrganismos localizados em fagócitos ou a destruição das células infetadas), a diminuição da depuração mucociliar (atuando na propulsão do muco em direção à orofaringe), a diminuição do reflexo de tosse (um dos mecanismos responsáveis pela expulsão dos agentes patogénicos) e a acumulação de secreções são condições favoráveis à ocorrência de pneumonia (Jain, Vashisht, Yilmaz & Bhardwaj, 2020). As alterações que ocorrem no sistema respiratório devido ao envelhecimento passam por alterações nas vias aéreas superiores, com diminuição da depuração mucociliar, do reflexo da tosse e de outros reflexos protetores, alterações nas vias aéreas inferiores, com uma diminuição da imunidade humoral e da imunidade celular; e no geral ocorre uma diminuição da elasticidade pulmonar (Esme, Topeli, Yavuz & Akova, 2019; Avers & Wong, 2019). A higiene oral é apresentada como uma solução eficaz e económica na prevenção das pneumonias nosocomiais não associadas ao ventilador. Através desse cuidado de enfermagem previne-se a presença de organismos patogénicos na cavidade oral, remove-se resíduos de comida que fiquem na cavidade e estimula-se reflexos protetores das vias aéreas. Com os cuidados de higiene oral, o enfermeiro atua nos fatores de risco, diminuindo a probabilidade de formação de placas e biofilme com microrganismos patogénicos e conseguindo uma diminuição do risco de se desenvolverem infeções na cavidade oral e infeções respiratórias como a pneumonia nosocomial (Formiga, Rodrigues, Morais, Araújo & Pinheiro, 2018; Vieira, 2016; Júnior, et al., 2020). No âmbito dos cuidados hospitalares cabe ao enfermeiro a responsabilidade de assegurar todos os cuidados de higiene e conforto da pessoa, incluindo a higiene oral (Formiga et al., 2018). O enfermeiro pode ter um papel mais passivo quando a pessoa é independente nas suas atividades de vida diárias, devendo incentivar e orientar a realização dos cuidados, ou pode ter um papel mais ativo nas pessoas dependentes, devendo adaptar a higiene oral à situação, utilizando os vários materiais que tem à disposição (Júnior et al., 2020) e seguindo os protocolos instituídos. Apesar da importância deste cuidado, ele acaba muitas vezes por ser negligenciado (Vieira, 2016).
Peer reviewed: yes
URI: https://hdl.handle.net/20.500.12207/6159
ISBN: 978-989-37-2558-0
Appears in Collections:D-SA - Livros e Capítulo de Livro



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