TY: CONF T1 - Fileira emergente do porco alentejano no contexto da agricultura familiar e desenvolvimento sustentável entre tradição dieta mediterrânica e inovação A1 - Oliveira, António A1 - Faustino, N. A1 - Duarte, F. A1 - Camacho, P. A1 - Martins, L. A1 - Bento, P. A1 - Silva, P. N2 - Abordamos o tema salientando a importância da raça autóctone porco alentejano (Sus ibericus) no contexto das espécies pecuárias autóctones portuguesas, elementos integrantes do equilibro e sustentabilidade do ecossistema mediterrânico montado visando obtenção de produtos frescos e transformados tradicionais de valor nutricional acrescentado para os consumidores. Pela análise dos resultados de trabalhos científicos realizados dentro da fileira emergente do porco alentejano, urge inovar mais o seu funcionamento, face à excelência e qualidade sui generis dos seus produtos finais qualificados (presuntos e enchidos), embora o plano de marketing dos mesmos carece de maior divulgação, exemplos inaugurados recentemente, aplicação ?app Ourique Capital do Porco Alentejano? e ?Loja Gourmet?. Pois, ainda há confusão entre porco alentejano (raça autóctone) e porco preto (hibrido comercial ou cruzado), pelo consumidor menos atento. Naturalmente, a fileira do porco alentejano está organizada com base na agricultura familiar, tal como defende Food and Agriculture Organization (FAO, 2013?14), pois é uma actividade fixadora da população em meio rural, embora carece duma constante renovação, se se pretende manter a tradição, embora o envelhecimento da população rural e o défice demográfico (1,35 filhos/mulher fértil) aliada à crise económico?financeira desde 2008, são evidentes. Tudo isto, também contribuiu para diminuição do efectivo pecuário, particularmente, o dos reprodutores da referida raça, como demonstram os nossos resultados. Mas, em contrapartida, o sequestro de carbono e a paisagem do montado contribuem, para a defesa deste património cultural quiçá imaterial da humanidade com valências multifuncionais sustentáveis. Portanto, é fundamental fomentar mercados, em parceria (Ibérica), os nichos de mercados da saudade (emigrantes) e da lusofonia (comunidade de falantes 250 milhões de habitantes) de produtos finais do porco alentejano. Quanto à dieta mediterrânica, a gordura do porco alentejano, engordado em regime alimentar de pastoreio em montanheira, manifesta polinsaturação superior a dos azeites (extra virgem e biológico), como demonstram os nossos resultados. A fileira do porco alentejano carece de mais inovação, pelo que recomendamos aplicação da tecnologia inovadora MEMS?NIRS1, pois esta já permite destrinçar produtos finais com diversos regimes alimentares, de forma expedita, dos produtos correntes das raças suínas exóticas, favorece o bem?estar animal (instrumentos não invasivos) e protege o meio ambiente (não há produção de resíduos químicos laboratoriais). Assim, o objectivo deste trabalho é a defesa desta raça, enquanto património genético autóctone com padrões inscritos na Enciclopédia Animal (FAO, 2002?2003) e contribuir para fixação de populações rurais que praticam exploração agropecuária familiar da raça em sistemas extensivo e em modo biológico. UR - https://repositorio.ipbeja.pt/handle/20.500.12207/740 Y1 - 2014 PB - APDR ? Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional