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http://hdl.handle.net/20.500.12207/5363
wcag
Título: Atividade física e qualidade de vida em utentes do serviço de fisioterapia
Autor: Reis, Marta
Orientador: Loureiro, Vânia Azevedo Ferreira Brandão
Palavras-chave: Atividade física
Nível de atividade física
Sedentarismo
IPAQ
Fisioterapia
Patologias
Doenças crónicas não transmissíveis
Comorbidades
Qualidade de vida
SF-36
Data: Nov-2018
Citação: Reis, M. (2018). Atividade física e qualidade de vida em utentes do serviço de fisioterapia. (Dissertação de mestrado não publicada). Instituto Politécnico de Beja, Escola Superior de Educação.
Resumo: Enquadramento: Atualmente tem-se assistido ao aumento da procura dos serviços de saúde, nomeadamente da fisioterapia, não só por condições agudas ou traumáticas, mas cada vez mais pelo aumento de condições de saúde crónicas, que levam a um aumento da mortalidade e da morbilidade. Este estudo tem como objetivo compreender a relação do nível de atividade física (AF) e qualidade de vida (QV) com a epidemiologia das condições de saúde (patologias) em indivíduos que recorreram a intervenção da Fisioterapia. Metodologia: Participaram no estudo 194 utentes do SMFRS, dos quais 32% (n=62) eram do género masculino e 68% (n=132) do género feminino. A idade dos inquiridos variou entre os 15 e os 88 anos com uma média de idades de 61,26 anos (± 15,08 anos). Selecionou-se o questionário como instrumento de metodologia quantitativa, sendo constituído por 6 questionários: sobre os dados sociodemográficos, sobre o problema principal, sobre os dados de saúde e sobre a prática de atividade física, sobre o nível de atividade Física e sedentarismo (utilizando o International Physical Activity Questionnaire – IPAQ) e sobre a qualidade de vida (utilizando o MOS Short Form Health Survey – 36 itens versão 2 - MOS-SF36v2). Todas as análises estatísticas foram obtidas através do software IBM SPSS 24.0, com o nível de significância definido para 0,05. Realizaram-se testes de Qui-quadrado, ANOVA e MANOVA. Resultados:. A maioria dos utentes apresenta um IMC com classificação de obeso ou sobrepeso (55,2%; 15,5%, respetivamente). Na situação no serviço verificou-se que 51% têm recorrência dos sintomas e 24,2% antecedentes familiares. Associadas ao motivo da ida ao serviço de fisioterapia, foi encontrada a existência de várias doenças crónicas não transmissíveis (DCNT). A hipertensão (44,8%), o colesterol elevado (57,7%) e a diabetes (22,7%) são os problemas de saúde mais frequentes. Apenas 19,6% dos utentes não têm mais nenhum problema de saúde além do que o levou à fisioterapia. Sobre a prática de AF, verificou-se uma elevada percentagem (64,4%) de inatividade física. Verificou-se também 19,6% da amostra abandonou a prática (não praticam, mas já praticaram) e que apenas 16% afirmaram praticar AF. As modalidades dos sujeitos que praticam atividade física são hidroginástica e ginástica (22,6%), ginásio/musculação (19,4%), caminhadas (16,1%) e combinação de diversas modalidades (16,1%). Sobre a frequência de prática semana verificou-se 35,5% realiza AF 3 ou + xs/ sem., 45,2% realiza 2 xs/ sem., 12,9% realiza ocasionalmente e 6,5% realiza 1 xs/sem.. Os sujeitos que abandonaram a prática de AF, fizeram-no numa idade que varia entre os 13 anos e os 87 anos, apresentando os seguintes motivos: saúde (34,1%), não tenho tempo (31,8%), não existe local conveniente (11,4%), não tenho um local seguro para fazer exercício (4,5%), não aprecio o exercício (4,5%), estou muito cansado (2,3%), não tenho companhia para fazer exercício (2,3%), condições climatéricas (2,3%), o exercício é muito agressivo/difícil (2,3%), o exercício é aborrecido (2,3%) e não gosto do professor (2,3%). Através do IPAQ verificou-se que 44% da amostra é inativa, 38,1% moderadamente ativa e 17,9% suficientemente ativos para obter benefícios na saúde (HEPA). O tempo sentado varia entre um mínimo de 90 minutos e um máximo de 1300 minutos diários. Os scores obtidos na QV são baixos, sendo que as dimensões físicas apresentam scores médios piores do que as dimensões mentais, com a média mais baixa para a saúde geral (SG) com 46,51 (± 18,07) e a mais alta para a Função Social (FS) com 79,44 (± 26,05). Existe associação entre os dados sociodemográficos e os dados de saúde (género feminino com osteoporose; idade mais avançada com diabetes, HTA, Colesterol, DCV, osteoporose e maior número de comorbidades; menor escolaridade com HTA e maior número de comorbidades; e IMC maior com HTA), entre a prática de AF e dados sociodemográficos (não prática de AF com maior idade e menores habilitações literárias), entre a prática de AF e os dados de saúde (não prática de AF com HTA), entre a prática de AF e as patologias (valores piores para o AVC, outras condições neurológicas e linfedema), entre a prática de AF e o tempo sentado (menor prática de AF, maior tempo sentado), entre o nível de AF e o tempo sentado (maior inatividade, maior tempo sentado), entre a QV e as patologias [função física (FF), Desempenho Físico (DF), e FS e Mudança de Saúde (MS) com piores resultados para o AVC, outras condições neurológicas e linfedema e Dor Corporal (DC) com maior scores para o AVC e outras condições neurológicas], entre a QV e os dados sociodemográficos (género feminino e pior DC, Vitalidade (VT) e Saúde Mental (SM) e MS; idade maior e pior FF, DF, SG e SM; mais habilitações literárias e melhor FF, DF, SG, e SM e utentes analfabetos maior FS; e maior IMC e menor FS), entre a QV e os dados de saúde (piores resultados nas dimensões indicadas para quem tem a DCNT: diabetes e DF; HTA e FF, DF e SG; colesterol elevado e SG e SM; DCV e DC e SG e MS; osteoporose e VT; outros problemas de saúde e SG e SM; maior número de comorbilidades e FF, DF e SG), entre a QV e a prática de AF (não prática de AF e pior FF, DF e SG), entre a QV e o nível de AF (menor nível de AF e pior FF, DF e FS) e entre a QV e o tempo sentado (maior tempo sentado pior FF e DF). Conclusões: Esta é uma população particularmente frágil e vulnerável, caracterizada pela sobreposição de vários fatores de risco (doença, obesidade e inatividade física) pelo que deverão ser alvo de uma atenção especial. Mais estudos, de mais tipologias são necessários. Intervenções específicas para esta população deverão ser desenvolvidas e testada a sua efetividade. Sugere-se o trabalho com equipas multidisciplinares.
URI: http://hdl.handle.net/20.500.12207/5363
Designação: Dissertação de mestrado em Atividade física e saúde escolar. Instituto Politécnico de Beja, Escola Superior de Educação, 2018
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